Enquanto na Grécia se discute a descoberta da mais antiga oliveira do mundo, com uma idade entre 3500 e 5000 anos, em Portugal, acaba de se datar a segunda árvore certificada mais antiga de Portugal.
São precisos sete homens para abraçar o tronco desta oliveira com 2450 anos, localizada nos terrenos do Hotel Horta da Moura, em Reguengos de Monsaraz.
A árvore mais antiga conhecida em Portugal é uma oliveira com 2850 anos e também foi certificada pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Resiste numa praça em Santa Iria de Azóia.
A segunda oliveira mais antiga de Portugal faz parte de um conjunto de sete que viu a sua datação estabelecida e certificada pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Todas as árvores estão em bom estado de conservação e ainda na última apanha deram bastante azeitona.
O método de datação foi desenvolvido pela UTAD, em parceria com a Oliveiras Milenares, empresa no Vimieiro, perto de Arraiolos, que vende oliveiras ornamentais, e tem como mentores José Luís Louzada e Pacheco Marques, investigadores do Departamento de Ciências Florestais e Arquitectura Paisagista.
O método, baseado num modelo matemático que relaciona a idade com uma característica dendrométrica do tronco (raio, diâmetro ou perímetro), não provoca a destruição da árvore, já que não implica o seu abate, nem provoca lesões que comprometam a sanidade.
Os hóspedes do Hotel Horta da Moura poderão visitar esta oliveira ao longo do percurso histórico dentro dos sete hectares – O Caminho das Oliveiras -, que associa a idade das oliveiras a acontecimentos marcantes da história.